Para designar todos estes, monárquicos ou não, propus o neologismo «roialista». Inspirei-me no francês royaliste, para evitar o antigo termo realista (ainda usado no Brasil), que se presta a confusão, por ser sinónimo de pragmático.
Há sobejos indicadores e testemunhos populares demonstrativos duma provável maioria roialista adormecida que, muitas vezes mais inspirada pelo sentimento e pela inteligência emocional do que convencida pela razão e pela doutrina, reconhece ao chefe da Casa Real um estatuto especial.
A pergunta «A Monarquia é um sinal da unidade e da cultura nacionais?» recebeu numa sondagem da Universidade Católica Portuguesa feita em 1995 uns reveladores 51% de respostas afirmativas, e apenas 27 % de negativas. E a questão «A Monarquia é uma tradição que seria bom preservar?» acolheu 46 % de sins e apenas 33 % de nãos.
Indícios duma clara maioria roialista, adormecida mas presente.”